quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

 Sobre o sentir.

Por diversas vezes entendi o sentir como fragilidade.

O choro

o soluço

o apertar no peito

a alegria genuína

o brilho

intenso

profundo

nada raso

Nas variações do Eu, sempre quis ir mais

e mais

Sentir - na pele

às vezes eu não queria sentir, mas quando vejo, já senti tudo

E hoje vejo que não é fraqueza, nem moleza

é preciso entender sobre isso, mas ninguém entende

Fica difícil pra gente

Porque queremos partir, ir, derreter como o gelo

evaporar como água quente

e as vezes ficar, mas ficar por completo, como o fogo que arde e tudo envolve

Mas é preciso a leveza do ar, que se integra ao todo, permeia o todo e sempre segue seu fluxo - com leveza.


 Escrevo o que sinto para entender o que penso.

Como pegar um balde cheio de água e jogar no chão

vou observando cada gota, umas param, umas fluem

umas não saem do lugar

outras evaporam

Esses são meus pensamentos 

nessa prática de observar, me perco e me encontro

nessa busca infinita de mim.